Tuesday, September 26, 2006

Vida de Adulto.

É muito, muito estressante, para uma pessoa como eu, entender os preceitos de um adulto.

Eu tento viver e ver as coisas com olhos amadurecidos, pelo menos em um prisma profissional. Mas tem certas coisas, que eu não entendo, e até certo ponto, me orgulho da minha ignorância.

Aprendi a odiar o dinheiro. Sei das vantagens e do conforto por ele proporcionado, mas também vejo ele guiar vidas, e isso é deprimente.

Carro, é bom. Casa, é bom.

Mas até que ponto lutamos por um objetivo?

Eu não penso pequeno, eu apenas penso no agora. Um dia quero ter meus filhos, minha casa, e não obstante isso, quem sabe, um companheiro. Mas veja bem, por minha conta e risco.

Aprendi que depender do dinheiro do cônjuge é castrar seu poder de decisão.

E nisso entra a questão monetária das relações. Vejo mulheres bonitas, cheias de vida e inteligentes se rebaixando por um conforto tão fugaz quanto um dia foi sua auto estima.

Não sou nenhuma feminista, para falar a verdade, acho que as feministas perderam a parada no momento que procuraram a superioridade, e não a igualdade.

Sou apenas uma mulher indignada.
E confusa, ás vezes.

Mas quem vai me achar, sou eu. Apenas eu.

Friday, September 22, 2006

Tudo muda, até muda-surda.

É, contrariando a grande massa popular, cometi orkuticídio. Foi de vez, até então.
Mas como era esperado, voltei do mundo dos mortos.
Foi divertido.

Mas falando sério, esse post é uma explicação á poucas almas que por aqui perambulam. Eu resolvi desativar minha antiga conta, e agora sim, fazer uma de respeito. Tinha muitos contatos, muitas comunidades, muitos scraps sem razão.

Agora serão amigos, apenas amigos mesmo.

E tudo novo, até um dia que eu acorde de ovo virado e resolva rasgar as velhas fotos, apagar o quadro e mudar o sofá de lugar.

Ahhh..sim....a vida está boa.
Aliás, a vida é boa.

Monday, September 18, 2006

Ode á Luz que Emana de Nós.

Pelas ruas que eu passei, você não estava.
Um paradigma constante.
A solidão que corroe, mata.
A liberdade que prende o pássaro á gaiola aberta.

Rostos desconhecidos, e eu te procurava.
Teu doce aroma de novidade, teu toque inédito.
"Sem mais delongas, me beije". disse a mulher.
"Sim". Disse o apaixonado.

Hoje nós vamos rir. E sorrir.
Hoje o choro será compartilhado, em um abraço forçado.
Não tema meus braços machucando teu dorso.
De tanto segurar, um dia os pés irão criar raízes.

E na fuga momentânea da rotina, ainda assim, eu vou te encontrar.
Pois não há razão para escoderijos.
Meu grito é de alívio. Minha lágrima é de sossego.
Não, hoje você não vai.

Lembra do tempo que não éramos nós?
Que existia o tempo, o espaço e o vazio?
Tudo ainda contém sua forma.
Estático, ele vê o tempo passar, e inveja nossas mãos unidas.

O tempo corre.
A vida segue.
A música toca.
A dor sobrevive.

Mas no porão, longe da luz, longe dos outros.
Perto de nós.

Friday, September 15, 2006

Roller Coaster

Semana corrida.

Sentimento de dever cumprido.

Mas tudo tão longe de ficar pronto

Está na hora de tomar a decisão final.

Friday, September 08, 2006

Fallen by the Moon.

No escuro era um. Depois dois. Só para se dar conta, que no final, sempre foram três.

Benevolente dos mares. Se tua força guia, também destrói.
E em passos calmos e largos, eu vou, na tua luz ao me cortar a sombra.

Na mão, outra mão.
Na boca, um sorriso.
Nos ouvidos, as palavras frescas de um pensamento formado.

Antes mesmo da incógnita, eu já sabia a resposta.
Sozinho ou em legiões, era tu, ó astro de luz negra, que me guiava.
Adorada pelos amantes, desejada pelo homem, uivada pela matilha.

Não padeça diante do Rei.
Não se deixe abater pela aurora.
Volte antes do amanhã, e chegue antes do ontem.

O sol que arranha,queima e fere.
Os raios mudam, andam e rastejam.
Por todos os lados você está.
Em todos os lados você morre.

Antes era um. Agora são dois.

Um separado. Mas por ti unido.

Saturday, September 02, 2006

Falta.


Na mesa, o prato vazio denuncia o abandono.
Nada se mexe, nada muda.
A cadeira esperando o peso, o copo esperando os lábios.

As risadas dos espertos, que entendem a piada.
O gargalhar do sarcasmo. Por que esperar?
Fingir entender? Não. Prefiro o silêncio.

E de repente, você vê que a piada era sobre sua vida.
E a platéia, chora.
O ator chora.
Grande comédia do nada. Um ato atrás do outro. O mesmo texto, sempre.
Que finaliza com uma lágrima forçada, daquelas que só os melancólicos derramam.

Entre, puxe uma cadeira.
Perca alguns minutos de sua vida. Nada é eterno.
Efêmero. Fugaz. Bem vindo a minha rotina.

Algoz de beleza inocente.
De minha ilusão, nascem frutos doces.
Na tua crença, morre o meu presente.

Não. Não entre.
Não esquente minha manhã com um bom dia.
Não manche meu cabelo com carinhos imaginários.

A solidão é calada.
Mas meu grito ecoa.

Vou deixar a chave sob o tapete.
Mas irei trocar a fechadura.



PS: Batman, porque de uma maneira ou outra, somos parecidos.