Time for Changes

Hoje eu ouvi a minha mãe, uma mulher sábia, dizer:

"Eu tenho orgulho de ter vivido para ver isso!"

Ela se referia á votação histórica dos EUA, onde um negro, de origem mulçumana, chega á presidência de uma das potências mundiais.
Mas e alguns dizem: E daí?
Será realmente um marco na história mundial?
Se olharmos para trás, veremos que a história americana nos mostra uma fenda, um racha, que separava negros e brancos em bancos de ônibus, escolas e universidades. Em certos estados sulistas, negros e descendentes eram mortos pelo simples fato de existirem.
E minha mãe, uma mulher de 52 anos, lembra bem dos anos que se passaram, não apenas nos EUA, mas também aqui, onde elegemos um metalúrgico para presidente.
Os EUA estariam seguindo nosso caminho?
Um governo do povo, para o povo. Um democrata com sede de mudanças e motivos de sobra para mudar. Sei que parece bobo, mas atirar pedra nos EUA é fácil, mas e quanto a tentar entender o porquê dessa euforia, dessa alegria estampada nos rostos brancos/negros/amarelos?
Sim, eu estou pesando cada informação, pois se como Obama marcou sua campanha, com o lema "Change", eu irei ver de perto cada mudança, cada bandeira americana que cai no Oriente Médio e traga de volta a democracia de um país livre.
Porque um dia eu quero dizer para minha filha:

"Eu estou orgulhosa de acompanhar a mudança."

Os 20 minutos

Duram 20 minutos.
Tem dias que mais, e dias que duram menos.
Minha liberdade tem paisagem que anda, enquanto eu sigo livre ao encontro do futuro.
Não há mais nada além da sensação, que tranborda em um dia-a-dia monótono, preto-e-branco. Onde andará minha aquarela? Dentro do meu próprio bolso, será?

Em 20 minutos eu estou em casa, eu estou longe. Eu estou querendo fugir para onde eu não tenho braços, mas tenho a armadura mais brilhante que meus olhos já viram. Eu quero seguir para onde meus sonhos começam e não terminam com o despertador.

Será essa a vida adulta?
Será essa a razão para meus pais?

Seria esse o sorriso dos vitoriosos? Eu não conheço a vitória, ela deve ser triste...saber que você chegou ao final e depois do pódio, o que há?

Eu não sei como cheguei até aqui, mas ainda tenho a música que me fez seguir.

São 20 minutos de acordes que parecem pessoas, parecem ser o que eu queria ser.

Eu vou ter mais de 20 minutos.

Pois o tempo me ensinou que a paciência é uma virtude.

Virtuoso, eu?

Não. Aprendiz.

Um dia eu iria voltar

E sim, tanta coisa aconteceu neste meio tempo.
Tinha vezes que no ônibus lembrava deste cantinho aqui, que estava vazio.
Uma sala vazia, cheia de móveis antigos, com aquele lençol branco por cima...como se protegendo do tempo que passa sem perdão.
Resolvi, por meio de um impulso comum e cotidiano, escrever novamente.


Faz tempo desde o último post. Não tenho coragem no momento de rever a data, mas digamos que eu era outra, com outros afazeres, outras prioridades, enfim. Mas não tão diferente da que sou hoje.

O amor prevalece, a insanidade também.

Esse post era só para dizer que vou voltar a escrever.

Agora como aluna de Letras, UFSM!