Monday, July 16, 2007

Sem amarras

A porta bate, o corpo sente.

Em todos os cômodos, há amor, esperança e luz.

Os anos que passaram deixaram rugas, quando se franze a testa, o tempo chora.
Como lembrar da primeira onda que se viu, da noite em que o Papai Noel foi descoberto. E ai você se pergunta: Algum dia você chegou realmente á acreditar?

A porta abre, como os olhos.
Fechados por anos de escuridão solitária.
Você já chegou? Mesmo? Nossa, que bom!

Volte a realidade. Você não está mais sozinha.
E isso é bom.

Sentir o cheiro que se torna usual.
O carinho necessário. a paz habitual.

Como ver o amor, senão com o olhos de quem te ama?
Ver e ter a graça da mão estendida, o afago que sempre vem.
Vontade de tatuar, marcar, vibrar.

E no meio do turbilhão, manter.

Serenidade. Honestidade.

Seja o mesmo, a mesma.
Seguir a linha para não se perder.

Uma linha traçada por dois lápis, um azul, outro vermelho.

A porta está aberta, mas ninguém quer sair.
Não há razão, não há vazão.

O amor tem dessas coisas.